O que são STARTUPS?

Antes de começar esse texto tenho alguns avisos:

1 - Essa é uma série de cerca de 6 textos para ajudar contextualizar sobre o ecossistema de startups e alguns tipos de negócios e empresas que orbitam sobre o tema inovação.

2- O objetivo é simplificar e facilitar o acesso logo, tentarei ao máximo usar termos e analogias ligadas a nossa cultura brasileira e em português.

Vamos ao primeiro texto.

O que são STARTUPS? Onde vivem, do que se alimentam?

As duas afirmações mais comuns sobre startups são:

 “Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.” - Steve Blank

"Uma startups é uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”. - Eric Ries

Mas confesso que antes dessa frase gosto mais da afirmação: "No dia um, uma startup é uma iniciativa baseada em fé..."

Pronto!

Agora vamos destrinchar as frases:

"Uma startups é um grupo de pessoas…" e "Uma startup é uma instituição humana..."

Algumas pessoas acreditam que startup é coisa só de jovem. Pessoas novas juntas fazendo coisas contra tudo e contra todos...rs Na verdade não é bem assim, startups são empresas. Logo o termo instituição faz mais sentido. São empresas com CNPJ, empregam pessoas, possuem contratos, pagam impostos, possuem clientes etc. 

Falo isso para explicar que aquele projeto se não tiver as características de uma instituição talvez, seja apenas um grupo de trabalho específico propondo algo novo mas não uma startup.

"….projetada para criar produtos e serviços... " e "... à procura de um modelo de negócios repetível e escalável…"

Para entender essa parte vamos voltar para as aulas de química e usar a frase de Lavoisier: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." é assim também no mundo dos negócios, as startups se baseiam no que temos no mundo atual para criar e desenvolver coisas novas o que mais percebemos é uma proposta nova na forma de utilizar os produtos e serviços. Exemplo Ifood e Nubank que trazem uma forma nova de entrega de comidas e de relacionamento com bancos.

E por isso falamos de negócios repetíveis e escaláveis simplificando, significa entregar a solução da mesma forma para cada vez mais clientes. 

e por fim 

 "... condições de extrema incerteza."

A diferença é que startups estão buscando quem são os seus clientes ("público alvo"), como cobrar pelos seus produtos e serviços, o modelo de negócio (quem paga e como o serviço chegará nos clientes) etc, no geral por existir o fator inovação esse caminho não foi trilhado por ninguém. É diferente de abrir um salão de beleza, um restaurante e uma oficina mecânica que apesar de serem coisas desafiadoras as condições não são de extrema incerteza. Quando alguém abre um salão de beleza é fácil imaginar o que seria um salão de sucesso. Várias franquias, agenda lotada, muitos clientes. Alguns anos atrás se eu falasse que um grupo de pessoas estavam abrindo uma empresa e tornariam possível alugar um apartamento sem intermediários, sem fiador e pelo computador. Qual o caminho que os fundadores desse negócio deveriam percorrer? O mercado imobiliário não é tão simples como parece e hoje, temos a Quinto Andar que se propõe a fazer exatamente isso, facilitar o processo de alugar e locar um apartamento.

Para se criar uma startup não existe receita de bolo nem regras 100% certas. Hoje existe uma literatura vasta sobre como enfrentar as incertezas e Startup Enxuta é uma das metodologias mais utilizadas. 

Recapitulando:

Existe uma diferença entre as startups quando falamos do tamanho delas e do valor de mercado além, de diversos outros profissionais e empresas (que não são startups) e atuam nesse ecossistema. Mas esses são temas para os próximos textos caso você tenha sugestão de assuntos comente aqui embaixo ou entre contato. Vamos construir juntos e tornar cada vez mais acessível esse tipo de conteúdo.

Previous
Previous

Empreenda-se: como pensar a sua carreira

Next
Next

4 Lições Aprendidas Facilitando o Startup Weekend 50+: economia prateada e Inovação