O que aprendi como gestora de aceleração na Liga Ventures: 3 lições

Minha experiência como Gestora de Aceleração e o que eu aprendi nesse período

Em geral quem está no papel de gestor de aceleração, program manager ou Accelerator Program Manager tem como responsabilidade garantir que todos os envolvidos tenham seus objetivos alcançados ao final do programa de aceleração. Gosto da analogia da ponte, como gestores de aceleração por diversas vezes atuamos como o elo que conecta startup, aceleradora e grande corporação.

Para cada uma dessas conexões existe um objetivo:

STARTUP - foco no crescimento da startup

CORPORAÇÕES- foco na geração de projetos, parcerias e na estratégia de inovação aberta

ACELERADORA- foco no ecossistema e no desenvolvimento do mesmo (startups, executivos de grandes empresas, mentores, parceiros e investidores).

Feita essa pequenas introdução vamos aos aprendizados.

#1 Ter repertório.

O objetivo de todo programa de aceleração na Liga Ventures é a geração de negócio entre startup e grande corporações. Uma parte do trabalho de gerenciar as atividades do não varia entre os programas porém, os mercados de atuação, modelo de negócio das startups, estágio de desenvolvimento dos produtos e serviços, a cultura organizacional da startup e da corporação, tudo isso é sempre diferente e único.

E ai o repertório é muito importante! Acumular experiências, leituras, conversar... tudo que você tem de conhecimento acumulado poderá ser acessado em algum momento. Me dedico há alguns anos em buscar conhecimento diferente do que tive na graduação (me formei em economia). Aprendi sobre vendas, criação de canais, estratégias de crescimentos, sobre times e gestão de pessoas, sobre código e desenvolvimento de softwares, sobre finanças e os principais números, estudei gestão de conflitos, marketing, inbound e outbound, venture capital, fiz cursos de improviso, aprendi a falar melhor em público, e ainda vou estudar muito mais coisas.

Não existe uma formação específica para se trabalhar com inovação. Aprenda a aprender, acumule repertório e acesse sempre que necessário.

#2 Gestão de tempo e prioridades

Em média durante um programa de aceleração um gestor interage com 50 pessoas novas entre empreendedores, executivos e mentores. Pensa! É necessário um censo crítico para garantir o ritmo e, que todas as atividades aconteçam com as pessoas importantes em cada momento presentes. Nesse processo saber fazer uma boa autogestão é muito importante!

Aprendi bastante como identificar as prioridades dos envolvidos e encaixá-las nas minhas e vice-versa.

Sim, confesso que aprendi a melhor forma de criar um titulo de email e garantir que o diretor(a) da grande empresa iria ler e responder imediatamente, entendi a melhor forma de acessar o empreendedor, além, de garantir que todas as informações estivessem sempre atualizadas com o empreendedor, executivo e meu gestor na Liga.

#3 Tudo é sobre pessoas! ou Networking - rede de relacionamento

Em algum momento você deve ter escutado que o networking é importante mas, já parou para pensar que as pessoas são importantes? Nenhuma startup ou grande empresa sobrevive sem pessoas. Arrisco a dizer que nenhum "projeto de inovação" sobrevive sem pessoas que acreditem e trabalhem para que ele se torne realidade.

Cada pessoa tem um objetivo pessoal com o projeto que está envolvido, pode ser desde aprender um pouco mais sobre o assunto até o capital social que um projeto bem sucedido possa trazer. Logo, como Gestora de Aceleração conectar bem as partes, alinhar bem as expectativas e garantir que as relações sejam de ganha-ganha (para negócio e pessoas) é crucial.

Sem dúvidas o ambiente de inovação é extremamente interessante e se interessar genuinamente pelo desafio das pessoas e contribuir para o sucesso delas é pessoalmente e profissionalmente recompensador.

Esse poderia ser o fim desse artigo! Lá vai um bônus:

#4 Melhoria contínua sempre!

Subi a barra foi sem dúvidas uma das frases que mais ouvi no último ano. Confesso que por diversas vezes não soube onde a barra estava mas sabia que deveria estar alta. Tudo isso despertou em mim uma vontade de ser cada vez melhor aprimorar em pequenas coisas. Ser melhor ao me comunicar, ou fazer uma reunião até ao preencher as nossas ferramentas de gestão. Estou perfeita e 100%? Não, mas sei que, as grandes coisas são um amontoado de pequenas coisas e esse modo de pensar grande e com consistência ficou marcado em mim.

Muito muito obrigada a todos com quem tive a oportunidade de conviver e compartilhar durante esse período empreendedores, liguers, parceiros corporativos, mentores e por fim, agradecer ao Guilherme, Daniel e Rogério empreendedores que admiro muito. Muito obrigada por todo cuidado e confiança, sou extremamente grata e orgulhosa por ter feito parte dessa história.

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